10.12.08


Meu Primeiro Amor

Composição: Herminio Gimenez, José Fortuna e Pinheirinho Jr.

Saudade, palavra triste
Quando se perde um grande amor,
Na estrada longa da vida
Eu vou chorando a minha dor

Igual a uma borboleta
Vagando triste por sobre a flor
Teu nome sempre em meus lábios
Irei chamando por onde for

Você nem sequer se lembra
De ouvir a voz desse sofredor
Que implora por seus carinhos
Só um pouquinho do seu amor

Meu primeiro amor
Tão cedo acabou,
Só a dor deixou
Nesse peito meu

Meu primeiro amor
Foi como uma flor
Que desabrochou e logo morreu
Nesta solidão, sem ter alegria
O que me alivia são meus tristes... ais...
São prantos de dor
Que dos olhos caem
É porque bem sei
Quem eu tanto amei
Não verei...
Jamais...

A DIFERENÇA ESTÁ NO FINAL, EU VEREI SIM!

Indecência do egoísmo


"Saudade, palavra triste, quando se perde um grande amor"
Fico me perguntando o quão egoísta somos. Sofremos quando perdemos algo ou alguém. Somos materialistas, queremos ter. O sentimento de posse nos conforta. Que capitalismo urbano é esse, não é selvagem, porque os selvagens agem por instinto e nós, cidadãos sociabilizados, aprendemos a esquecer o animal ao qual um dia pertencemos. Juntamente por isso, pertencimento!
Odeio pensar que a cada dia, uma montruosa crise mundial é capaz de fazer o ser humano emburrecer mais: "Compre!"... Quem sabe no supermercado aquela angústia por não PERTENCER me faça sentir-me melhor.
A angústia da perda está intrinsicamente relacionada aqueles que ficam, e dessa vez sou eu quem fico. Todos "enterram seus mortos", mas será que todos deixam seus mortos morrerem?
CUIDADO: SEUS OLHOS TE ENTREGAM!